sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Generalização da violência.

Nos parece também muito preocupante.É verdade que ela sempre existiu,mas está se manifestando cada vez mais nos comportamentos individuais.O que é mais grave ainda é que ela se manifesta cada vez mais cedo.Neste começo do séc XXI,uma criança mata a outra,aparentemente sem nenhum sentimento.A essa violência efetiva acrescenta-se uma violência fictícia que invadiu as telas do cinema e da televisão.A primeira inspira a segunda e esta alimenta aquela,criando um círculo vicioso que é mais que tempo de deter.Nisso,se é inegável que a violência tem múltiplas causas (miséria social,ruptura da família,desejo de vingança,necessidade de dominação,sentimento de injustiça etc.), seu fator mais determinante não é outro senão a própria violência.Evidentemente,essa cultura da violência é perniciosa e não pode ser construtiva,tanto mais que,pela primeira vez na história conhecida,a humanidade tem os meios de autodestruir em escala planetária.
                            Num paradoxo dos tempos modernos,constatamos por outro lado,que na era da comunicação,os indivíduos praticamente não se comunicam mais,Os membros de uma mesma família não dialogam mais entre sí,tão ocupados estão em escutar o rádio,assistir a televisão ou surfar na internet.A mesma constatação se impõe num plano mais geral: a telecomunicação suplanta a comunicação propriamente dita.Com isso ela instala o ser humano numa grande solidão e reforça o individualismo a que já nos referimos.Que sejamos bem compreendidos; o individualismo,como direito natural a viver de maneira autônoma e responsável,absolutamente não nos parece condenável; bem ao contrário.Mas,que ele se torne um mode de vida baseado na negação do outro,parece-nos particularmente grave,pois contribui para a desagregação do meio familiar e do sistema social.

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